Netanyahu inteirando-se do estado de terroristas acolhidos em hospitais israelitas
OS
LAÇOS DE SANGUE ENTRE ISRAEL E A AL QAIDA
Informações objectivas
que correm mundo dão conta dos laços de sangue existentes entre entidades tão
dignas, democráticas e civilizadas como Israel e os Estados Unidos da América e
grupos sanguinários, terroristas e repugnantes como a Al Qaida e o Estado Islâmico,
ou ISIS, ou Daesh, seja lá o que for.
Não é necessário ir às
origens destes grupos, por exemplo a familiaridade entre a CIA e Bin Laden nos
tempos áureos dos “combatentes da liberdade” no Afeganistão, ou às sagas
igualmente libertadoras na Síria e na Líbia, as quais pariram esse monstro de
mil e uma cabeças que é o ISIS.
Porém, como todos sabem,
estas verdades nuas, cruas, puras e duras não passam de simples teorias da
conspiração nascidas de cabeças ventosas sempre aptas a ver o mal e a caramunha
onde só existem bondade e direitos humanos.
O pior… Bem, o pior é quando uma bíblia, um deus da informação, um ícone da liberdade de expressão se deixa contaminar por esses males.
O pior… Bem, o pior é quando uma bíblia, um deus da informação, um ícone da liberdade de expressão se deixa contaminar por esses males.
Pois o Wall Street
Journal, essa venerável publicação acima de qualquer suspeita, dá conta de que
um seu repórter no terreno, e o terreno é o Monte Bentel nos Montes Golã
ocupados por Israel à Síria, contactou oficiais israelitas que acolhem
terroristas da Frente Al-Nusra (mais um dos muitos pseudónimos da Al Qaida)
feridos, remetem-nos para hospitais em Israel para serem cuidados, e depois
devolvem-nos aos seus postos para prosseguirem a empreitada de destruir o país
vizinho, que é também o pior pesadelo dos expansionistas sionistas.
Não pensem que o repórter
do intocável WSJ se passou ou terá partilhado alguns dos incentivos de doping
circulando entre os grupos terroristas. Ele cita oficiais israelitas, os quais,
como peões de um humanismo sem limites, dizem que “não perguntam quem são os
feridos” nem fazem qualquer discriminação no acolhimento, o que, traduzindo,
significa que tanto faz serem da Al Qaida, do ISIS, do Exército Sírio da
Liberdade, moderados ou extremistas, se combatem Assad são bem-vindos. Tudo
fácil. Ora quem já visitou Israel sabe o que passa nas fronteiras, onde a
presunção dominante é a de culpa. E depois de tratados e curados os terroristas
são devolvidos à procedência, “para seguirem o seu caminho”, de acordo com o
oficial citado pelo WSJ.
Tudo isto se passa na
região de Quneitra, onde se separam o sector sírio (nas mãos dos terroristas) e
a área dos Montes Golã ocupada por Israel.
Sabia-se, por informações
anteriores divulgadas por membros dos corpos de paz da ONU no terreno, que
existia “compreensão” (a palavra é do oficial israelita citado pelo WSJ) entre
os terroristas islâmicos – a quem nunca se ouve uma palavra de solidariedade
com os palestinianos – e Israel. Conhecem-se fotos nas quais o
primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, visita hospitais onde procura
inteirar-se do estado de saúde dos seus aguerridos hóspedes. Os relatórios da
ONU, por exemplo, revelam que Israel montou hospitais de campanha nos Montes
Golã para acolher os terroristas e onde faz uma triagem entre os que podem ser
tratados no local e os que seguem de helicóptero para hospitais israelitas.
Até agora, porém, tudo
isto era teoria da conspiração, informação inquinada, maldosa, fruto de mentes
transtornadas que, bem vistas as coisas, estão sintonizadas com o mais
sangrento terrorismo.
O que dizer agora da
informação veiculada pelo insuspeito Wall Street Journal? A primeira reacção
foi silenciá-la. Todos podem testemunhar que uma informação de facto tão
significativa sobre os meandros do terrorismo não saltou das páginas da bíblia
para os telejornais, ao contrário de tantas outras que nos doutrinam com as
teses dominantes neste belo mundo.
O WSJ que se cuide. Não
tarda carimbam-lhe a chancela de terrorista.
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