Revela a comunicação social
que o Banco Central Europeu proíbe o Ministério português das Finanças de
fornecer à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o BANIF as mensagens
relacionadas com os escândalos deste banco.
Lendo as coisas como elas devem
ser lidas, verifica-se que os deputados eleitos pelos portugueses, e que tentam
fazer alguma luz sobre uma monumental burla que vai custar muito pão para a
boca a esses mesmos portugueses, estão impedidos de proceder à investigação
plena por ordem de um sujeito não eleito emitindo arbitrariedades do seu
cadeirão de Frankfurt. Diz o senhor Draghi, aliás solenemente convidado pelo
chefe de Estado português para baptizar o Conselho de Estado, que os deputados
não podem conhecer o conteúdo das “trocas de ideias” realizadas sobre o
assunto. Por que não podem, e não se fala mais nisso.
Lei da rolha, documentos
rasurados do Banco de Portugal, manutenção a toda a força de Carlos Costa, o
desqualificado e manobrista governador desta instituição, são apenas alguns dos
comportamentos golpistas que estão à vista de todos mas impedem que venha a
saber-se tudo sobre os assaltos aos nossos bolsos cometidos pela banca.
Draghi, figura grada da
linhagem corrupta da Goldman Sachs, a mesma que faz o papel de Deus na Terra, e
que operou como maestro da quadrilha de luxo que viciou as contas públicas
gregas na antecâmara do flagelo a que os foram condenados os gregos, não
hesitará em fazer o mesmo aos portugueses, se isso for útil aos vampiros da
finança internacional.
Draghi é a prova provada de
que o segredo é a alma da trapaça. E o BCE que ele dirige – instrumento do
império pan-europeu alemão solidificado através da moeda única – é o exemplo
descarado de que as semelhanças entre o regime em que vivemos às ordens de
Bruxelas (e Frankfurt) e a democracia já nem sequer chegam a ser coincidências.
Vivemos sob a ditadura do euro através da qual – é um simples exemplo – os deputados
eleitos democraticamente só podem conhecer o que o ditador de turno, neste caso
Mário Draghi, permite que saibam sobre o latrocínio instalado na banca.
Por muito que me apeteça
saudar os esforços do governo português em funções e da Assembleia da República
para porem um pouco de transparência na burla institucional que nos leva o que
temos e, sobretudo, o que não temos, as suas boas intenções não passam de
fisgadas contra uma parede de betão.
Não foi para isto que se fez o
25 de Abril. Lembram-se dele?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSó nós resta saír do EURO. De que estamos à espera? De que nos roam os ossos?
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